terça-feira, junho 29, 2010

Zelf 1º

Zelf
1º Capitulo

 


Era noite quando o velho aldeão, ainda contava suas longas histórias e mitos, tinha um semblante alegre, apesar de sua idade, sabedoria contida nas suas sabias histórias, e os grandes que ali ouviam, tinham plena certeza que era pura imaginação de um velho que toda noite vinha ao centro da pequena cidadela, pra expressar seus contos. Ele era alto de um tipo físico forte, tinha sutileza ao falar, a fogueira no centro realçava a sua demonstração de gestos, as vezes com um pouco de humor, que na verdade narravam fielmente o decorrer de uma batalha, travada a muito tempo atrás. Tinha cabelos longos que se estendiam até os ombros, sua barba era bonita mas parecia que à meses não tinha sido feita, escondia um sorriso contido, ao perceber que um jovem o observava seus gestos aos mínimos detalhes. Empunhava sua bengala simulando uma espada, cujos gestos pareciam ser de alguém que sabia manejar espadas, mas atrapalhados por um ferimento no seu pé esquerdo, causado por sua foice de cortar trigo. Mesmo assim travava uma linda batalha com sua bengala contra o vento, que parecia honrar aquele velho guerreiro, lançando seus cabelos de forma aleatória, conforme suas esquivas e ataques enferrujados eram sendo demonstrados. Mal imaginavam as pessoas que ali ouviam, que esse senhor de barba e cabelos brancos, que mal sabia usar uma foice de cortar trigo, foi um grande herói do seu tempo.
           Já era conhecido em toda cidadezinha,aquele contador de histórias de nome Morris, que em um dia de inverno apareceu na cidade, montado em um cavalo negro, trazia poucas coisas e algum dinheiro, que logo comprou uma pequena porção de terra no arredor da cidade, e lá com a ajuda de seu cavalo, e com o pagamento de alguns trabalhadores, produz trigo para venda. Na sua pequena propriedade possui um casebre, com pouca mobília, conseguida com seu humilde trabalho, morava sozinho, não contava muito sobre
sua vida passada, apenas contos que todos pensavam ser de sua criatividade.
    Numa tarde estava Morris, acendendo o fogo de seu humilde fogão, com alguns gravetos e palha seca, quando sente uma presença estranha no exterior de sua casa, ele deixa o fogo de lado e procura saber quem é. Faz um movimento sutil com a bengala procurando abrir a porta, e lentamente surge diante dos seus olhos, um corpo franzino e jovem de pele clara, olhos azuis trazia um leve sorriso estático, vestia as roupas comuns as pessoas da cidade, uma calça velha e uma camisa longa surrada, então ele fala:
-Olá, senhor!
Morris, com um pequeno entusiasmo responde:
-Olá, rapaz...!entre.
O jovem entra, Morris lhe oferece um acento, se encosta numa pequena mesa e ao mesmo tempo pergunta:
-O que me faz receber tão nobre visita?
O jovem meio envergonhado e atônito:
é...era sobre sua arte... queria que me ensinasse...
Morris lembrou-se que era o mesmo rapaz que lhe observava enquanto narrava suas histórias de batalha, depois de pensar um pouco
Ele indaga:
-O que te faz pensar que sei de alguma arte?
Ele responde:
-O senhor conta muitas histórias...então deve saber ensinar...
Morris pensa, sorri, depois de acariciar sua barba e pensar um pouco, responde:
-Acho que não deveria te ensinar...Qual seu nome rapaz?
Ele responde meio transtornado:
-Zelf, Senhor.
Morris, lembra-se de quando era jovem e desejava da mesma forma aprender a arte de um guerreiro e sua espada, ter nas mãos uma espada
e poder assim usá-la. Ele responde confuso:
-Volte amanhã, amanhã te direi se posso ou não te ensinar.
Zelf concorda, já com um sorriso enorme no rosto, os dois se despedem... Morris se põe a pensar...

(Continua...)


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