Zelf
2º Capitulo
As lagrimas escorriam dos olhos de Zelf, suas mãos estavam tremulas, mal respondiam aos seus comandos, não sentia medo, mas uma profundo desejo de vingança. Era criança na época, não podia fazer nada. Aquele homem a que tirara a vida de seu pai, diante dos seus olhos. Durante muito tempo alimentava aquele sentimento de angustia, que não o permitia dormir, sem antes rever lapsos de memória daquele dia negro. Mas ele tinha a sua mãe a quem sempre lhe deu apoio a superar aquele fato grotesco. Ela sempre não demonstrava infelicidade, apesar de sentir muitos traumas que por amor a seu filho não os deixava transparecer. Mas agora Zelf já era um jovem, estava mais forte, tinha se tornado um homem, e pensava ela que ele não se lembrara, com detalhes daquele triste fato.
Era manhã, Zelf calça suas botas de couro leva na cintura uma adaga, que herdara de seu querido pai, e segue em direção a casa de Morris. Caminha como quem tem objetivo a cumprir, passos firmes. Tinha postura de quem estava feliz por uma coisa que estava prestes a se realizar.
Logo quando passa daquela velha porteira, avista morris com sua inseparável bengala, que ao longe já exclama:
Logo quando passa daquela velha porteira, avista morris com sua inseparável bengala, que ao longe já exclama:
-Demorou muito!
Zelf sempre com seu jeito tímido responde;
-Desculpe senhor.
Morris faz um gesto com a cabeça, indicando uma trilha, que os dois deveriam seguir. Caminharam durante uns vinte minutos, em um caminhar lento, enquanto isso Morris tentava descobrir um pouco sobre aquele jovem, descobrir qual era o seu temperamento e o por que desse desejo de saber manejar armas. Enquanto falavam, Morris aponta com a sua bengala para um galho que havia caído de uma arvore e fala:
-Apanhe este galho rapaz e leve-o.
Zelf sem entender muito, tira sua adaga e corta os ramos daquele galho curvo, que tentava descobrir o porque de levá-lo. Ele pergunta:
-Senhor, pra que servirá este galho?
Morris responde, com uma leve risada:
-Logo saberá meu rapaz
“Ele é puro, e educado”, pensa morris. Depois de caminhar mais um pouco tomam outra trilha onde passam pelas terras, onde o trigal amarelo se estende até o pé de uma pequena montanha, onde frondosas arvores balançam com o movimento do vento, e logo chegam ao casebre de Morris novamente.
Morris pega algumas ferramentas rústicas e começa a transformar aquele feio galho de teixo, em um bonito arco de modelo inigualável. Ele coloca a corda, ajusta o tensionamento, e sua face produz um sorriso de aprovação, coloca uma flecha e com um movimento rápido dispara uma flecha contra uma macieira, onde duas bandas de maçã caem quase na cabeça de Zelf. Ele sorri com a cara de espanto do rapaz, e pergunta:
-E então vamos começar?
Zelf responde que sim, e então Morris lhe entrega a arma, e diz:
-Isso é uma arma, não se deve brincar com isso... Ela pode matar qualquer ser humano. Deve ser usada com leveza e ao mesmo tempo com rapidez.
Então, morris improvisa um alvo de madeira, e ensina passo por passo, postura, posição das mãos e pés e outras coisas mais. O rapaz erra muitas vezes, mas, aprende rápido as lições, e não para. Com tudo isso Morris, sente uma alegria imensa brotando dentro de si, deixa cair uma pequena lagrima, sorri com aquele rapaz que por um instante parecia ser seu filho...
(Continua...)